RICHARD SHARPE


Bernard Cornwell é um renomado autor de romances históricos. Da sua imaginação saíram séries como as do Senhor da guerra (uma recriação da lenda do rei Artur) ou as crónicas de Starbuck (passadas na Guerra Civil Americana) mas a sua obra mais famosa é, sem dúvida, a de Sharpe.

Escrita entre 1981 e 2006, esta série é composta por 21 novelas e 3 histórias curtas e relata as aventuras de Richard Sharpe, um oficial do exército inglês durante a época das Guerras Napoleónicas.

Numa época em que os oficiais pertenciam a famílias de elevado estatuto e compravam os seus postos no exército e que um soldado normal apenas poderia almejar o posto de sargento, Sharpe é um homem do povo, filho de uma prostituta de Londres e de pai desconhecido, que, por mérito e bravura (salva a vida a Sir Arthur Wellesley, futuro Lorde Wellington), é promovido à categoria de oficial, indo comandar o 95º regimento de fuzileiros (assim chamados por utilizarem fuzis em vez dos tradicionais mosquetes, que eram menos precisos).

Da Índia a Waterloo, passando por Portugal e Espanha, Sharpe combate não só os inimigos como também os preconceitos da sua época, advindos dos outros oficiais, que o desprezavam, e, inicialmente dos seus próprios homens, que não o consideravam um “proper officer” e “not a gentleman”.

Os livros são escritos de forma dinâmica e empolgante. Inicialmente as descrições das batalhas, apesar de interessantes, parecem ser um pouco repetitivas mas todo o detalhe ajuda à imersão do leitor e à compreensão da época e de como os conflitos eram travados.

Algumas das aventuras de Sharpe foram adaptadas à televisão pela ITV britânica, sob a forma de uma série de 16 episódios com Sean Bean no papel principal, tendo 14 sido transmitidos entre 1993 e 1997, o 15º em 2006 e o 16º em 2008.


Em Portugal, alguns dos livros, com especial incidência naqueles cuja acção decorre durante as campanhas napoleónicas na Península Ibérica, foram publicados pela Planeta Editora.

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