O Estrangeiro
Há algum tempo atrás (vários anos para ser exacto) o Gato de Biblioteca leu O Estrangeiro, de Albert Camus e ficou fascinado.
Estamos na Argélia do pós-guerra onde um homem, no dia seguinte ao da morte da sua mãe, se envolve num romance de ocasião, vai ver filmes cómicos e mata um árabe.
Ao contrário de Josef K, a personagem principal de O Processo, de Franz Kafka, este homem não luta para se defender do crime que é acusado. Parace estar cansado de viver e agradece a morte como uma benção.
Durante todo o livro ele passeia-se, alheio aos acontecimentos, como se fosse um estranho a si próprio e à própria vida, observando tudo do exterior, como se de um sonho se tratasse.
Aliás, todo o romance está rodeado de uma atmosfera onírica, esbatida, desfocada, não só na narração como nos diálogos, e, tal como nos sonhos, tudo se torna absurdo, estranho. É aí que reside a sua maior magia: o facto de nada acontecer como previsto, de nada nos ser explicado. Como Jean Paul Sartre nos diz, no seu prefácio a esta intrigante obra, O Estrangeiro não é um livro que explica: o homem absurdo não explica, descreve; não é também um livro que prove.
O Estrangeiro é um livro que nos obriga a fazer uma viagem ao noso subconsciente, em busca do eu que desconhecemos. Deve ser lido em local sossegado, com calma, as palavras saboreadas uma a uma, como iguarias raras. Não é, todavia, um livro para ler quando se estiver deprimido.
Nota: A edição desta obra que o Gato tem foi publicada pela Livros do Brasil e, como já foi referido, possui um prefácio de Jean Paul Sartre. A tradução é de António Quadros.
Estamos na Argélia do pós-guerra onde um homem, no dia seguinte ao da morte da sua mãe, se envolve num romance de ocasião, vai ver filmes cómicos e mata um árabe.
Ao contrário de Josef K, a personagem principal de O Processo, de Franz Kafka, este homem não luta para se defender do crime que é acusado. Parace estar cansado de viver e agradece a morte como uma benção.
Durante todo o livro ele passeia-se, alheio aos acontecimentos, como se fosse um estranho a si próprio e à própria vida, observando tudo do exterior, como se de um sonho se tratasse.
Aliás, todo o romance está rodeado de uma atmosfera onírica, esbatida, desfocada, não só na narração como nos diálogos, e, tal como nos sonhos, tudo se torna absurdo, estranho. É aí que reside a sua maior magia: o facto de nada acontecer como previsto, de nada nos ser explicado. Como Jean Paul Sartre nos diz, no seu prefácio a esta intrigante obra, O Estrangeiro não é um livro que explica: o homem absurdo não explica, descreve; não é também um livro que prove.
O Estrangeiro é um livro que nos obriga a fazer uma viagem ao noso subconsciente, em busca do eu que desconhecemos. Deve ser lido em local sossegado, com calma, as palavras saboreadas uma a uma, como iguarias raras. Não é, todavia, um livro para ler quando se estiver deprimido.
Nota: A edição desta obra que o Gato tem foi publicada pela Livros do Brasil e, como já foi referido, possui um prefácio de Jean Paul Sartre. A tradução é de António Quadros.
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